segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Corrida

             Na 2a quinzena de agosto eu comecei a passar dos horríveis 10 minutos de estreia, essa história é parecida como de muitos outros corredores. Fiz 15 minutos. Um fracasso, já que sempre via as pessoas fazendo 30 minutos, até na minha ficha tava escrito 30 minutos. Resolvi correr e descansar, o famoso 2 minutos descansa 1 minuto, fiz meus 5 km com muita dor.
             Em 7 de setembro me inscrevi para uma caminhada de 5km, meus amigos de São Paulo iam correr. Começando o primeiro quilômetro conversando com alguns, logo fui deixada para trás. Não querendo ficar sozinha decidi trotar e quando vi logo estava correndo, parei algumas vezes minha perna doía. O quilômetro final não sentia mais nada. O fôlego faltava e cruzei a linha de chegada e em 45 minutos. Depois de 2 meses e 17 dias volto às ruas mais forte, com menos dores. Completo minha prova em BH também com 5km em 31min:24s, O ideal seria para mim 30 minutos, mas as ruas estavam muito lotadas, correr livremente estava bem difícil. Faltou perna e fôlego no quilômetro final. Consegui meu objetivo. 
              Acordar todos os dias para academia ou correr tem sido essencial a mim. A dieta também ajudou no maior desempenho. Tenho me dado pequenos prazeres como comer pão de queijo nos lanches e chocolate quente no café. Meu peso esse mês permaneceu 62.9 kg ao longo do tempo dessa forma. Estabilizou mesmo com um gasto calórico brutal.





sexta-feira, 15 de novembro de 2013

E o que aconteceu ao final da dieta Dukan?

A luta de um membro do Carcará é a mesma, o que difere é a intensidade e o tempo. O projeto carcará me mudou, eu antes fazia uma dieta restritiva e por causa dos resultados espantosos eu achava que todo mundo deveria fazer. Após 2 meses de luta e essa eu confesso, que sou eu contra eu mesma... Corpo versus mente, ambos fizeram as pazes e eu entendi que não era mais hora de continuar essa dieta, procurei um nutricionista, o Itamar Xavier. Pessoa muito humilde em seu ensinamento, atencioso e que me fez entender o que estava acontecendo com meu corpo.
A dieta Dukan ela é 100% um sucesso, porque ela não te promete outra coisa além de um emagrecimento vertiginoso. No entanto no segundo mês em que estava na Dukan em minha primeira corrida, senti muito o joelho, percebi que o músculo não tensionava o máximo que ele podia. Fôlego eu tinha e falava isso. A dieta Dukan tirou a tonificação dos meus músculos. E a recuperação era lenta. Mesmo antes de começar o primeiro mês meu corpo pedia comida e o peso na consciência por estar fugido da dieta era grande, quem se atrevesse a ir contra certamente receberia uma cara feia. Meu humor foi alterado e para minha sorte a minha alta autoestima sobrepunha esse mau humor.
Fui ao médico ortopedista e ao endocrinologista antes de terminar a Dukan. No ortopedista o diagnóstico foi categórico, fraqueza muscular. Fiz fisioterapia, não continuei por causa da distância da minha casa, fiz os exercícios da fisioterapia na minha academia. O que fez efeito durante o mês de setembro e outubro. Fui ao endocrinologista, os exames normais, mas um ácido úrico começando a alterar, já que por cálculos do nutricionista eu estava ingerindo 2,2g de proteína por dia, isso é bastante alto. E sobrecarrega rim e fígado.
Se pelos exames bioquímicos não paguei caro os resultados maravilhosos da Dukan, paguei de volta com o joelho (tenho condromalácia patelar). Fiz minha última corrida no final de setembro. Na mesma semana fui fazer pouco o fortalecimento, (ideal sempre foi 3x na semana de academia) me machuquei no final de semana seguinte a essa corrida. Parei e lamentei minha negligência com meu corpo, lembrei de todas as vozes que paguei para me darem conselho, meu treinador que sempre pediu que eu mantivesse um ritmo mais lento, meu professor da academia que pediu que a corrida fosse secundária e o fortalecimento vinha primeiro, meu nutricionista que disse que eu estava sim debilitada e estava em recuperação, meu ortopedista que falou que o fortalecimento do músculo era mais urgente do que qualquer esforço meu... Burra!
Melhor assessorada impossível nada vinha de site de marombeiro, ou de blog de treinadores físicos virtuais... Vinha ali de pessoas competentes que eu paguei e mesmo assim falhei. Desse o início da dieta levantei a cabeça e disse que ia a uma luta de colocar meu corpo a um limite que nem eu conhecia, de colocar minha saúde a prova em uma guerra que eu tinha não entendido que a maior inimiga a essa altura era eu mesma.
Magra, sim estava, corpo que maioria das brasileiras pagaria muito caro para tê-lo, mas o joelho, a capacidade de correr... Essa ... E é ai que você arranja a humildade de ouvir as pessoas que querem te ver bem... É ai que você dá valor às frases de “você passou do ponto”, “tem que ter um limite” e entende que isso não é uma opção de escolha sua e sim do seu corpo, da sua capacidade e leva tempo. O joelho doía, fiquei uma semana sentindo dor, colocando gelo, chorei.

Mas minha hora não tinha chegado, não era hora de abandonar e eu pude sim voltar. 2 semanas na dieta nova, sentia um gás a mais no meu corpo. Vi uma melhora na minha tonificação muscular e meus joelhos não doíam. Voltei a correr. Essa é minha nota de esclarecimento, optei por caminhar junto com profissionais que eu escolhi e são competentes, escolhi ser uma Carcará e aprender a ouvir meus amigos e família, porque eles me querem bem e eu os quero bem também. Para bom entendedor basta.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ana Beatriz Oliveira

Ana é uma pessoa que eu tenho falado muito e rido muito pelo whatsapp. Muito guerreira, ela tem a capacidade de em cada etapa se renovar, planejar, ter novos objetivos. Passou por todas as dificuldades que toda pessoa obesa e sobrepeso já passou! E vale muito a pena ler o texto que ela escreveu no Projeto Carcará.

"Bom dia povo lindo!
Essas duas últimas semanas me fizeram parar pra pensar no meu objetivo e principalmente no meu equilíbrio.
Me olhei no espelho e me vi magra! Que vitória! Pq apesar do peso normal, ainda tinha uma visão distorcida de mim. 
Então me perguntei: "Onde vc quer chegar?"
Pela primeira vez não soube dizer. A verdade é que esse processo de emagrecimento é tãããão bom que a gente não quer abrir mão dele! 
E é aí que mora o perigo. Não saber parar. Não saber manter. Não saber engordar.
Lembro que quando tive uma leve depressão pós-parto, li na época que um dos motivos da depressão era o fim da expectativa. Passei 9 meses esperando, sonhando, gerando e quando tenho o bebê nas mãos, acabou. E o que deveria ser incrível, não é, e passa a tem um sentimento de fim.
Tenho um sentimento um pouco similar agora. Perdi 26kg e, pelas minhas metas, ainda queria perder mais uns 3kg, mas sinceramente, não acho que seja necessário. Era só para postergar esse sentimento de vencedora.
Pensando nisso tudo, resolvi ter um fim de semana "normal", de uma pessoa "normal", de uma magra de "cabeça", coisa que, confesso, acho que jamais serei, mas tentei.
Fui à festa de 40 anos de uma amiga e comi, pela primeira vez em 7 meses, um pedaço de bolo, uns docinhos, uns quitutes. E recomecei no domingo.
Ainda não foi "tranquilo". Ainda tive medo de engordar. Ainda tive medo de não conseguir assumir as rédeas novamente. Mas foi o primeiro fim de semana assim. É assim que quero que seja daqui pra frente.
Equilíbrio. Saúde. Prazer. Pq sim, comer é um prazer! Brinco dizendo que se fosse para comer só alface, Deus não tinha nos dado paladar. Então que possamos encarar esse processo com equilíbrio, é o que desejo pra nós.
Ainda mantenho o objetivo de perder mais uns 3 kilinhos pra "dar mais folga" pra manutenção. Mas se isso demorar 5 anos, não tô mais preocupada não. Já cheguei muito longe!
Minhas fotos da balança começarão, a partir de hoje, a ficarem mais tímidas e modestas. Mas tudo bem! Tô feliz. Posso dizer que venci!"